
A decisão de não ser mãe
12/08/2013 16:25A decisão de não ser mãe
17 Julho 2013
https://escrevivencia.wordpress.com/
Falar sobre cultura machista, ideal cristão, vida social e família são fatores centrais na definição dos papéis que homens e mulheres devem desempenhar na nossa sociedade, e que explicam parte da má sorte que mulheres ao redor do mundo sofrem pelo simples e grandioso fato de ser mulher. Mas não me deterei a versar sobre a violência contra a mulher, a assimetria social perpetuada entre homens e mulheres e que fomentam outras séries de questões. Não que essas abordagens não sejam importantes. Mas por hora, me prontificarei a falar de algo tão constante na vida das mulheres, e que ganham pitadas de bom humor por quem os pratica: a maternidade.
Desde pequenas, somos amestradas a cuidar da casa, ter filhos e ser boa mãe e esposa. Isso se instaura no nosso primeiro momento de vida, quando nossas mães e nossos pais decidem que a cor do nosso quarto será rosa e não azul, que devemos brincar de boneca e não jogar bola, quando só devemos pensar em namorar após completar 18 anos, ao contrário dos nossos irmãos que deve arranjar uma namoradinha na pré-escola, e que nós devemos ficar bonitas e prendadas para arrumar marido ao invés de estudar e ter uma profissão.
Essa gama de fatores está imbricada no nosso cotidiano e senso comum de tal modo que não nos permitimos questionar a inversão de valores que propositalmente possa ser posta.
Para adentrar mais sobre essas questões, tomarei como exemplo alguns acontecimentos cotidianos que me cercam.
Hoje, 15/07, completo 31 anos, e tenho sentido o peso da idade desde o ano passado, quando completei 30. Nunca pensei que os 30 pudesse pesar tanto na vida de uma pessoa. Afinal de contas, nessa sociedade machista, sexista e misógina em que vivemos, uma mulher com mais de 30 anos “já está velha”, enquanto os homens que já passaram dessa marca estão “ficando mais experientes”.
Claro que não é por questão estética, muito menos por eu achar que preciso de um botox para esconder um pé de galinha que surge. Não é nada disso. Afinal de contas, se eu não quisesse envelhecer já teria tomado uma providência eficaz diante disso, e não estaria escrevendo esse texto.
O peso dos 30 surge da cobrança que venho veementemente sofrendo por ter chegado até aqui e não ter tido um filho. Ainda, como ouço.
Eu sou a caçula de uma família com quatro filhos e a única que não gerou um filho. E a cobrança surge por parte de toda a família. Com exceção, é claro, do meu pai e da minha mãe, que não me criaram para ter família, muito menos para ser mãe.
Hei de confessar que a decisão de não ter filhos surgiu quando eu ainda era ainda mais jovem do que eu sou, e se confirmou quando eu completei 15 anos. Pois a ideia de ter filhos e constituir família me remetia ao fato ter de lavar, passar, cozinhar e cuidar do marido e dos filhos sem ter vida própria. E isso era tudo o que eu não queria.
Ter filhos era como se fosse viver fadada ao fracasso de não fazer outras escolhas na vida. Não poderia estudar, trabalhar, nem pensar em algo mais audacioso. Isso tudo foi imputado em mim quando eu era muito jovem, pois minha irmã engravidou ainda na adolescência e escolheu não tocar a vida, e por isso meu pai dizia que minha sina seria a mesma, afinal de contas, eu tinha um espelho enorme dentro de casa.
Isso provocou um efeito contrário na minha vida. Internalizei tudo isso e temi imensamente que aquilo acontecesse comigo. E atrelando falta de informação e temor, preferi não arriscar.
Com o passar do tempo, a ideia foi amadurecendo de tal modo, a ponto de eu me manter a todo o tempo na defensiva e encrespar algumas vezes que alguém cogitava a possibilidade de eu ter um filho. E, até hoje, mantenho uma postura extremamente áspera diante alguns comentários a respeito.
Quando eu tinha 19 anos, arranjei um namoradinho de porta que logo de cara disse que estava apaixonado, coisa e tal, e que queria ter um filho meu. Pirei total. Eu era uma garota. Tinha apenas 19 anos, e tudo em que eu não pensava era ter um filho. Isso foi motivo suficiente para eu não passar de beijinhos e abraços com o dito cujo, se é que vocês me entendem.
O tempo foi passando, fui cuidando da vida e cogitando outras possibilidades mais interessantes. Vários eram os fatores que insistiam para que eu gestasse: adolescente pobre, preta, favelada, com precedente histórico de gravidez juvenil na família, sem muita perspectiva de ter sucesso na vida, e com a maioria das colegas e vizinhas de bairro com pelo menos um filho enfileirado.
Não estou deste modo reforçando a ideia de que toda adolescente pobre e periférica está fadada à maternidade pela falta de perspectiva de vida e futuro. Mas os fatores adversos agem em sintonia para os acontecimentos dos fatos. A falta de informação adequada, a falta de oportunidade e perspectiva de vida, a situação de miséria em que muitas vivem são fatores condicionantes para uma gravidez indesejável.
Eu vi muitas jovens que cresceram comigo e moravam no mesmo bairro não terem tido outra dimensão da vida a não ser ter sido mãe solteira e trabalhar num subemprego – quando surgia. Talvez por não terem sido apresentadas a outros mundos, ou até mesmo por alguém lhes terem dito que aquela seria sua sina e seu lugar, e portanto deveria se conformar. Não era isso que eu queria para minha vida, e aposto que muitas delas também não.
A possibilidade de uma garota com oportunidade de estudo e trabalho prosperar na vida é muito maior do que uma que não tem sequer ensejo para tal.
Eu almejava e ainda almejo realizar vários projetos na vida, que uma maternidade só tenderia a interromper metade, senão boa parte das minhas realizações pessoais – apesar das forças contrárias se unirem para festejar meu fracasso. Pois preta e pobre moradora de periferia tem que trabalhar, ou melhor, lavar privada de branco, não inventar modismo de estudar. Estudar é pra filho de doutor. Filho de empregado tem de ser empregado também.
Esse é o pensamento vil de um grupo que insiste em manter e se beneficiar das assimetrias sociais e conter a ascensão social de muitas jovens negras.
E muitas sabem que não falo nenhuma mentira.
A tensão em que eu vivia era tanta que afetava inclusive as relações amorosas. Uma gravidez indesejada me atemorizava a ponto de eu evitar me relacionar com medo de fazer sexo e engravidar. A relação de namoro, sexo e gravidez foi construída de modo tão brutal que eu ignorava os métodos contraceptivos e sua eficácia.
Falta de informação, medo de repetir as estatísticas do bairro paupérrimo onde morava; adolescente e grávida, pânico de não prosperar na vida por conta do rumo que ela tomaria depois de ser interrompida com a presença de um bebê, insucesso escolar e fracasso profissional. Uma série de questões assolava meu imaginário hiperbólico.
E com isso a resistência aumentava, e os importunos também.
Essa situação só foi melhorando por volta dos vinte e cinco anos. Lembro que certa vez uma cabeleireira disse-me que uma mulher que não se torna mãe não atinge sua completude. Para tudo. A maternidade é o ápice da vida de uma mulher? E quem não a realiza não se torna mulher? Tô lascada…
Em outro momento da minha vida, um momento extasiante de pura felicidade, quando finalmente consegui entrar na universidade, no ano de 2009, fui à casa de uma amiga dos tempos de escola dividir essa alegria. A mãe dela, cuja filha já estava cursando faculdade paga (pois esse povo não estuda em faculdade privada, e sim em faculdade paga), ao conhecer meu namorado e atual marido, disse que já era tempo de eu ter um filho. A duras penas, eu havia acabado de ingressar na faculdade. Essa mesma criatura, que disse que eu deveria ter logo um filho, e meu namorado deveria convencer-me a tal, já que a ideia não me agradava, afirmava que a filhinha mais nova dela, de 21 aninhos, tinha de estudar, e se opunha ao fato dela ter namorado.
Entenderam como funcionam as coisas? A filhinha dela branquinha que estudava em faculdade paga não podia namorar, pois tinha de estudar. Já eu, pretinha, tinha de largar a faculdade para cuidar de filho, e quem sabe, depois arranjar um bico de empregada lavando as calcinhas da filha dela para comprar o leite da criança, e sobreviver de ajuda humanitária.
Pimenta no rabo dos outros é refresco! A dor mais suportável é, de fato, a dor do outro.
Meu irmão mais novo tem uma filhinha de um ano. Era o sonho da vida tornar-se pai. Lembro que, desde o primeiro casamento, ele queria realizá-lo. Para minha insônia. Depois que ele tornou-se pai, as pessoas não se detêm a outra coisa a não ser encher meu saco perguntando quando virá o meu (filho).
E para ser mais inconveniente, meu marido é o filho dos três irmãos que também ainda não teve filhos. Sofre horrores com as pressões alheias (“só falta o seu”).
Lembro que em meio a essas discussões de ter ou não ter filhos, uma ex-colega de trabalho resolveu me explicar a importância de ter filhos: nós precisamos de alguém para cuidar de nós na velhice. Minha cara de tédio e má vontade foi tanta que a aspereza da resposta criou um estranhamento entre nós quando disse que se ela visitasse os asilos da cidade veria o contingente de idosos abandonados por seus filhos. E que ter filhos não nos dava nenhuma garantia de cuidado na terceira idade, para isso deveríamos recorrer a um geriatra ou cuidador, parecia ser mais seguro.
O engraçado (ou estranho) é a invasão de privacidade e total devassa que as pessoas fazem na nossa vida, e suas reações quando respondemos à altura, pois elas se dão ao direito de se sentir ofendidas – mas acham que os absurdos que falam sobre a minha vida são a coisa mais natural do mundo.
A decisão de ter ou não filhos parte do pressuposto de condições mínimas e necessárias para cuidar de uma criança. Aquelas palavrinhas bonitas disfarçadas de direitos sociais que estão no texto da nossa constituição: lazer, saúde, educação e moradia são princípios básicos a serem instaurados antes de pensar em ter um filho. Ou pelo menos deveria.
Ter um filho e não ter sequer espaço físico para colocá-lo é demais assombroso. Aquela ideia de que “casa de pobre é igual a coração de mãe: sempre cabe mais um” não me apetece. Até porque vivi minha infância e adolescência morando num quadrado com meio mundo de gente, e sequer tinha espaço para me coçar. Não gostei da experiência, portanto não pretendo repeti-la.
Pior que isso é ter de ouvir que para ter filho não precisa pensar, basta fazer. Depois cada um dá uma coisa e assim ajuda-se a criá-lo. Há maior estado de miséria que esse? Isso beira a calamidade pública, porque depois de feito eu terei de amealhar as migalhas sociais que temos de nos contentar e dizer que estou criando um filho.
Eu não preciso pensar, mas fazer. E depois que o filho estiver no mundo, um dá uma coisa, outro dá outra, e assim vai levando. Mas se eu aparecer na porta de quem disse isso com uma criança nos braços para pedir o leite e a fralda, essa mesma pessoa olhará para a minha cara e dirá que, agora, eu tenho de me virar. “Se vire, dê seus pulos. Arranjou filho sem ter condições de criar? Agora, aguente!! Sou eu que vou ter de sustentar filho dos outros agora?”
Portanto, não. Eu não pretendo ter filhos. Filho não é e nunca foi projeto de vida para mim.
Diante a atual situação de vida que levo, ter um filho seria estar fadada ao fracasso e não prosperar pessoalmente.
Viver de migalhas, eu já vivo. Viver sem saúde, educação, moradia e lazer, eu sei bem o que é isso, e não desejo a ninguém.
As privações que passei e passo na vida são suficientes para não querer reproduzi-las ao próximo, ainda mais esse próximo sendo meu dependente direto.
Ser mãe é padecer no paraíso para quem tem condições de criar um paraíso. Do contrário, ser mãe é purgar na terra e ansiar pelo inferno.
Até a próxima.
Mãe solteira: os impactos de uma solidão feminina
Creio que ser mãe solteira deve ser uma barra muito pesada para uma mulher enfrentar na vida. Pois, ser mãe solteira não significa apenas o fato de ter de criar seu filho sozinha, mas trazer consigo os impactos sociais que supostamente nunca serão superados. A “culpa” de ter gerado um filho, muitas vezes fruto de uma gravidez indesejável, a “necessidade” embutida no imaginário de muitas mulheres da presença masculina, e, consequentemente, a maternidade como função social e algo que possa torná-la, de fato, mulher. São vários os fatores que resultam numa maternidade que não é acolhida.
Historicamente, muitas mulheres passam pelo dissabor de ser mãe e não poder contar com a presença de um pai (e eu não falo só das mulheres pretas, pobres e faveladas). A representação simbólica de um pai numa relação parental não é permissiva apenas à procriação. Muitas de nós, mulheres, sabemos disso, até mesmo sem ter experimentado a maternidade.
Mas o que proponho explicitar aqui é o fato de que muitas mulheres se tornam mães solteiras na presença ou ausência de um homem. E isso não deveria acontecer, mas é um caso muito comum.
Mulheres ainda jovens se enlaçam no matrimônio, que são orientados pelo mito bíblico do “crescei e multiplicai-vos”. E muitas delas se deparam com a maternidade cedo ou tarde (muito mais cedo do que tarde, diga-se de passagem). Não importa o tempo. A maternidade ainda que no último minuto tem de ser contemplativa à sua figura.
Não devo aqui preterir as tantas mulheres, e nesse bojo eu me insiro, que não almejam na maternidade seu ideal de vida e satisfação plena. Mas não falo delas. Remeter-me-ei aqui tão somente às mulheres mães, por escolha ou falta dela.
Pois bem, venho falar de muitas mulheres que, imersas numa moral cristã, se constituem mães, a fim de satisfazer e compor um ideal de família bem próximo do modelo judaico-cristão – que coordena as estruturas sociais da nossa cultura ocidental – e, por sua vez, a maternidade ressoa como uma condenação. Uma condenação que subjaz às demais estruturas que lhe são impostas pelo simples fato de ser mulher. Tão logo, isso se contrapõe à ideia de que ser mãe é alcançar o refrigere de um padecimento edênico. O fato de ser mãe, por si só, remete à mulher assumir a responsabilidade única de internalizar esse papel como se a acometesse aos deveres que agora são seus, exclusivamente seus, e por isso, não cabe a outro fazê-lo. Afinal de contas, a criança cresce dentro do ventre feminino, portanto é a mulher que tem de segurar a barra sozinha.
Estou deste modo a dizer que mulheres se tornam mães muitas vezes por entender que assim elas terão permissividade suficiente para assumir lugares longe de qualquer outra condenação moral – o da “boa moça”, mulher “de família”, “senhora de respeito” e “boa mãe” – , mas que lhes proporcionam tantas outras dores e desconfortos.
Um exemplo claro do que acabo de dizer é o fato de mulheres com parceiro fixo, que se representa na figura de um namorado ou marido, se submeterem à maternidade por puro capricho e necessidade masculina. E, aliada a essa necessidade presente na figura do homem, impera o descompromisso inerente a uma figura paterna que possa representá-lo. Ou seja, várias dessas mulheres engravidam, carregam seu feto no ventre durante nove e longos meses, sentem a dor do parto, produzem dentro de si o alimento para sua cria succionar, e assumem toda responsabilidade por aquela criança.
Tudo isso remete à ideia de toda e qualquer isenção de responsabilidade paterna. Assumir a paternidade perfaz algo mais que constar do nome no registro de nascimento, ou até mesmo prover as condições materiais necessárias ao crescimento e desenvolvimento da criança (e ela que se vire para dar conta do resto). Ser pai pressupõe cuidado, acolhimento, envolvimento, e, sobretudo, participação.
Gerar um filho não é uma tarefa unilateral. Não é uma tarefa única e exclusivamente feminina. Tanto a maternidade quanto a paternidade se constituem na conjunção carnal. Quando dois indivíduos se envolvem sexualmente, e desse envolvimento provém a fecundação. Toda e qualquer responsabilidade gerada a partir dali passa a ser dupla. E mais que isso, a maternidade e a paternidade tendem a ser constituintes de um processo responsável, muito longe de ser um jogo de regras em que uma é penalizada em detrimento de outro que se isenta.
Diante disso, não é válido analisar a maternidade solitária num espectro desvinculado da presença do homem. Há mães que são solteiras mesmo na presença de seus companheiros. São porque o querem (ou não). Porque entendem que sua condição física-social é um passaporte para as agruras que a vida possa lhe impor, e com isso não veem e/ou buscam meios de infringir esse processo. Várias são as razões que condenam uma mulher a uma maternidade solitária.
Assumir a responsabilidade social de ser mãe solteira porque o homem que ajudou a gerar seu filho foge à responsabilidade também é algo a ser ponderado aqui. E isso difere de qualquer analogia à maternidade independente. Ser mãe por uma vontade inconsolável de querer gerar e assumir sozinha uma criança não deve, de forma alguma, ser posto em evidência quando trato tangencialmente dessas questões que envolvem a maternidade solitária. Essa abordagem ultrapassa os limites que aqui apresento.
Ter um filho e cuidar dele porque o pai se ausentou física, simbólica e oficialmente desse papel é um retrato cruel na vida de muitas mulheres. Para todos os efeitos, ele está ali, mas, na prática, ele não se ocupa com nada relacionado à criação do filho ou da filha.
Trato aqui dos muitos casos de mulheres casadas que geram filhos, mas assumem a responsabilidade desse filho única e exclusivamente sozinha. Ou seja, para ser mãe solteira não basta não ter a presença de um pai ainda que no registro de nascimento. Há mães solteiras, com pai presente no registro e em casa. O pai que atinge a paternidade, mas não a contempla. O pai que ao lado de sua mulher e filho ignora a responsabilidade de assumi-los.
Assumir um filho perpassa pelo cuidar, acariciar, alimentar, levar ao médico, trocar fralda. Participar ativamente de todas as etapas de sua criação, mas que por conta da cultura machista em que fora criado, essa postura não lhe cabe, pois isso é coisa de mulher. Mulher é quem cuida, dá banho, acalma o choro, acalenta, alimenta e muito mais. Portanto isso não o cabe.
O homem só quer saber da criança quando ela está de banho tomado, cheirosa, sadia, alimentada, bem cuidada e bem tratada. Pois quando o filho ou a filha dele traz alguma queixa da escola para casa ou precisa de que ele resolva algum impasse dentro de casa, a primeira coisa que ele diz é “pergunte à sua mãe”.
As estatísticas que versam sobre mães solteiras apontam para os casos de mulheres que geram e criam seus filhos solitariamente. Mas não tratam dos muitos casos em que o pai presente fisicamente se ausenta simbólica e paternalmente.
Os impactos de uma maternidade solitária promovem efeitos tão catastróficos quando aos de uma mãe solteira por ausência física. A inércia paternal dos homens que optam por assim se comportar é muito mais cruel e mordaz devido às responsabilidades que lhe escapam e sobrecaem na mulher.
Buscar razões para explicitar os diversos casos que acometem as mulheres nesse aspecto é desnecessário, pois sabemos quais são, mas a atenção a esses casos é primordial. Eles existem e passam despercebidos por todas nós. Isso aqui é só uma provocação.
—————